Fui criado, durante um bom tempo da minha vida, indo a Igreja todo domingo às 18hs, até os 12 anos de idade, sem entender a mínima para o que estava se passando naquela porra toda.
Minha mãe, filha de um desembargador amazonense, maçom e espírita, sempre me contou histórias em que meu avô incorporava algum espírito (durante a noite, é claro) que profetizava, entre várias outras coisas, o caos urbano e o desaparecimento do RJ, engolido pelo mar. Minha mãe acabou se tornando uma católica meia-praticante, espiritualizada e, mais do que tudo, "viciada" em santos (e frontal): Santo Expedito, São José, Santa Maria da Conceição, Santa Maria Aparecida, Santa Maria do Red Bull,...
Meu pai sempre foi o que minha mãe falasse pra ser, se tornando, portanto, um católico não-praticante (depende do jogo de domingo) e espiritualizado.
Namorei um bom tempo uma esqüizofrênica bissexual que vivia vendo espíritos na minha cozinha (o que me afetou o suficiente para sempre levar uma garrafa d´água pro quarto antes de dormir) e um dos meus melhores amigos de infância (Sr. João Daniel) é praticamente o Chico Xavier guloso do mundo agregado.
Durante um tempo de minha vida, me dediquei a repetir o que me falavam, mesmo sem ter a mínima idéia do que estava falando (cheguei a ter uma foto de Jesus no quarto - que o Bangue sempre olhava e achava que era o Bob Marley). Me sentia culpado no início de minhas descobertas sexuais e me sentia culpado por quase tudo que fazia, sem ter a mínima noção do que fazia sentido.
Com o passar do tempo, a leitura, o conhecimento, o descobrimento da filosofia, a leitura da Torah, da Bíblia, a conversa com outras pessoas, foram me empurrando para um muro entre a crença e o ceticismo.
Vejam bem, quando digo crença, não necessariamente a filio a alguma religião. Passei a acreditar mais num Deus interior, numa energia não consciente, num estado de espírito,.... Hoje mantenho minha mente aberta para qualquer coisa, mas me assusta pensar na idéia de que não haja vida após a morte.
Considerando que nesse grupo temos uma diversidade religiosa quase nunca posta em pauta (temos um judeu, vários ateus, um católico praticante só quando há mulheres bonitinhas na Igrega - né, Markinhos? - um Kardecista e sei lá mais o que....), pergunto-lhes: o que andam pensando sobre Deus e morte ?
Particularmente, vivo insone pensando que devo aproveitar minha vida agora, enquanto sou jovem e viril. Trabalho com muita gente velha e moribunda e isso me deixa desesperado !!!!
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18 comentários:
Ah!!! Postei esse video: http://www.youtube.com/watch?v=4nOEI8LZrNE&mode=related&search=
Mas por algum motivo ele não apareceu. Assistam antes de comentar !!!
Apenas deixando claro que o motivo da ida a missa foi uma busca pela fé. É sério. O fato de ter mulher bonita é apenas um detalhe. Mulher bonita tem em td q é lugar...padaria, shopping, rua...
Fé em Deus! Alegria no coração.
Eu não vejo mais nada na sua casa.
É porque eu expulsei todos os meus demônios interiores recentemente... Você provavelmente via uma representação do consciente coletivo sobre o meu estado psíquico. Agora não sobrou um filho da puta.
Mulher bonita tem em qualquer lugar ?!?!?!?!?! Nunca vi uma gatinha saindo da Igreja, a não ser as que vão pra assistir casamento !!
ah mas tem.
igreja do santo agostinho - leblon.
ahh...nada como ta na salinha do admirals club, tomar uma champagne, why not a cookie, e ler o blog MA.
Algo de novo por aí?
A igreja de Sto Agostinho � culto ao dem�nio, na verdade...
Bom, eis o que ando pensando: desde que eu me lembre, eu sou ateu. J� tentei acreditar e tal, mas me parece algo muuuito fantasioso pra entrar na minha cabe�a. Tipo assim, pra mim, a exist�ncia de um Deus onisciente que escute minhas preces soa t�o absurdo quanto Coelhinho da P�scoa, duendes e Papai Noel.
Esp�ritos, not so much. N�o acredito tb, mas acho mais plaus�vel. Embora eu ache que muitas das coisas que s�o atribu�das a fen�menos sobrenaturais sejam, na verdade, fen�menos naturais que ainda n�o saibamos explicar. Da mesma forma que os vikings viam navios nos c�us (distor�o dos raios de luz; que nem miragem em dias quentes s� que ao contr�rio) e que acreditava-se que ruivas eram bruxas na Idade M�dia (porque a igreja sucks).
Quanto � religi�o quanto institui�o, a hist�ria � outra. Hoje em dia eu tenho um �dio incontido; acho algo nefasto, maligno e cruel. Odeio igrejas, seja de que religi�o for. Acho um instrumento poderoso demais de persuas�o de massas que sempre foi usado da forma mais perversa poss�vel. Os maiores problemas do mundo s�o causados por religi�o; as pessoas mais insuport�veis do mundo o s�o por causa da religi�o; o fascista mais poderoso do mundo est� no poder por causa da religi�o; e o maior avan�o da medicina dos �ltimos tempos est� empacado (c�lulas tronco) por causa desta aberra�o.
Poderia acrescentar muito mais, mas o coment�rio est� longo demais. Talvez eu fa�a um post sobre o assunto qquer dia, a n�o ser que algu�m inquira sobre o assunto neste post mesmo e eu acabe respondendo.
Flwz
"Consciente coletivo"? Ah não... nada mais é que algo criado pelo Durkheim que diz que a consciência coletiva é a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo.
Se estás falando de inconsciência coletiva, de Jung, nada tem a ver com o que está sendo discutido aqui. Ele tenta extrair esse conceito através dos sonhos diferentes daquele do inconsciente pessoal, que apresentam imagens impessoais e estranhas, onde não se consegue associar a nada que se tenha lembrança. Esses sonhos seriam então um produto do inconsciente coletivo, algo como um depósito de imagens e símbolos, que Jung denomina arquétipos. Nas filosofias teístas o termo indica as idéias presentes na mente de Deus. Ou seja, sonhar acordado. Alucinações.
Thanks, Wiki. Tão bom ter um lugar que sintetiza conhecimento.
E sobre minha crença em algum deus, eu também já fui frequentador de ingreja, encontros de adolescentes em cristo e tudo mais. Acreditava mesmo. O encontro era mais pra conhecer meninas, mas cantava todas as músicas e me envolvia com elas.
Com estudos dos livros judaico-cristãos consequentes, conversas mil com inúmeras pessoas, mergulho no mundo filosófico, sociológico e psicológico, mudei. Descobri meu ceticismo com relação a tudo pois é isso que tornou-se crível pra mim. Minha única verdade com relação a qualquer forma e conceito de crença. Tudo que sei é que em nada acredito.
O próprio conceito de algo etéreo, intácito é demais pra mim. Sempre me perguntam no que me apoiei quando estive com câncer. Ora, caras pálidas, na medicina e nas pessoas que gosto. E em mim mesmo, claro. Minha convicção de que viver a vida é isso aí - um mar de tormentos que você navega da melhor maneira possível até se afogar. Simples assim.
Humanos têm essa dendência de querer sempre acreditar em algo mais. Em crer que nossa existência não pode se resumir a só isso. Mas é só isso mesmo. Somos animais como tantos outros da natureza. Nascemos, crescemos, fudemos, morremos. Circle of life.
zzzzzzzzzzz
algum post imbecil, por favor!!!!! :D
Não postem nada até o Markinhos postar Notícias de Las Vegas !!!
E Gabito!! Nunca ouvi nada a respeito do tema vindo de você !!
é...eu acho que sempre fui ateu...estranho né....sei lá..pra mim nunca fez nmenhum sentido a existência de algum deus. Quanto aos espíritos tb não acredito em nada: morreu acabou, vira pó....o que fica é memória, aquilo que vc transmitiu na sua vida e que as pessoas absorveram de alguma forma, só isso. QUanto a Igreja pensa como o Guilherme. Uma instituição moralista que só conseguiu até hoje atrapalhar a evolução da ciência e da sociedade tornando as pessoas alienadas e dando dinheiro para tal instituição. enfim...
eu acredito nao num D's em si, mas em uma "força". Feliz? To sem paciencia de continuar escrevendo... :D
Agora vai.. post imbecil!
Muito foda vc dizer que não acredita em deus, mas escreve 'd's'... :)
Eu fui educado assim...
:D
Engraçado, acredito em Deus, não pq tenha sido obrigado, mas acredito. Óbviamente, não preciso nem tecer comentários sobre as instituições religiosas mundo afora. Talvez acredite pq me aterroriza o fato de morrer e virar pó, talvez pq eu sempre desconfiei de coincidência...
sei lá... o que me preocupa é morrer sem ter feito nada de relevante... passar de passagem... nao q eu tenha pretensão de fazer história... mas tb nao quero acabar como foto de porta-retrato no fundo da ultima prateleira. Ou não.
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