segunda-feira, 2 de julho de 2007

RIO DE JANEIRO

Domingo. 11 horas da manhã. Acordo, resolvo fazer meus exercícios e, como todo bom domingo, pego meu skate para dar uma volta na praia, com o som estourando nos meu ouvidos e a adrenalina me passando aquela melhor sensação que nenhuma droga dá de graça.

Ao sair, esbarro nos jornais ao chão e cato o "O Globo" com a já conhecida notícia do Governador Sérgio Cabral avisando a classe média deverá aprender a conviver com o estresse de guerra.

Dei uma lida rápida na reportagem e fui pra rua. Logo ao dobrar a Lagoa Barra, vejo um exército de motocicletas de policiais se dirigindo para algum confronto.

Na praia, assisto a uma manifestação do Greenpeace, distribuindo um folheto repleto de falácias a favor do vegetarianismo. O tempo todo havia a presença de milhares de policiais, todos tensos como uma porca prenha !

Confesso que, com duas tattoos (uma agora imensa), skate, cara de alternativo e já tendo sido parado por um policial no meio da rua, não consegui me concentrar no meu lazer. Passei o caminho da orla inteiro paranóico, pensando: "Porra, se estamos no meio de uma guerra, o quão aconselhável é este passeio de manhã de domingo?"

Ao conversar com a Ana, ela me disse algo que não consegui contra-argumentar a princípio: "Mas estamos em guerra. Ele só falou o que todos já sabem. Fazer o que?".

É... fazer o que? Fiquei pensando se músicas de "iluminação", mensagens de paz e amor e movimentos a favor da inclusão social da quantidade de miseráveis nesta cidade não podem ser realizados sem uma ofensiva de guerra, brutal, sangrenta e perigosa para a cidade inteira. Não cheguei a conclusão nenhuma.

Acho o Rio de Janeiro uma cidade linda. Poucas cidades no mundo podem desfrutar de lugares como a Lagoa (de dia ou de noite), essas praias lindas, mulheres bonitas, uma vasta concentrações de florestas com belas trilhas, cachoeiras, os melhores e mais bem servidos botecos do mundo (mesmo não conhecendo outros, me arrisco a fazer essa afirmação), entre 1000 maravilhas que cada um aqui poderia enumerar.

O site de minha banda daqui há pouco ultrapassará a marca de 4.000 visitantes. Há cada dia mais pessoas conhecem o teor do site que acompanha nossas músicas. Digo isso porque tenho pensado em escrever um texto similar e deixar por lá, para que as pessoas de todo o mundo saibam como é ser um carioca, vivendo numa cúpula de vidro, no meio de uma disputa de feudos e poder.

10 comentários:

Mkto disse...

E o que me deixa mais triste é essa sensação de que nada vai mudar...

Me chamem de pessimista, mas vendo as últimas gestões, é a impressão que eu tenho. Vamos ver no que o Cabral dá..

Gabito disse...

Nunca é demais insistir que o início do programa de formação de atitudes prejudica a percepção da importância das opções básicas para o sucesso do programa.

João Magalhães disse...

realmente

Mkto disse...

Não tinha pensando por este caminho.

Obrigado T5.

Mkto disse...

pensado

Mkto disse...

ok, next??

Gabito disse...

nada?

Mkto disse...

yep...nada...

eu queria ver um posto do BANGUE.

Gabito disse...

po.. o dia em que o Bangue tiver um posto ele vai ser mto rico!

Mkto disse...

será? nao sei nao cara...tem q saber alinha o custo de investimento com o retorno de capital a medio e longo prazo, e nem sempre vc consegue o breakeven num tempo medio pre-determinado...

acho q ele nao seria rico com um posto. mas.....gostaria de ver